Por uma sociedade apta a defender a liberdade, preservar sua história e construir um futuro digno, íntegro e próspero.

Instituto Civitas

Por uma sociedade apta a defender a liberdade, preservar sua história e construir um futuro digno, íntegro e próspero.

O Dia de Tiradentes no Contexto da Liberdade

No Brasil, o Dia de Tiradentes é celebrado em 21 de abril, homenageando o dentista, tropeiro e minerador Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Este feriado nacional não apenas marca a execução de Tiradentes, considerado mártir da Inconfidência Mineira, mas também reflete um momento decisivo na história da luta pela liberdade do Brasil contra o colonialismo português.

Tiradentes foi a figura central da Inconfidência Mineira, um movimento que, embora não tenha alcançado seu objetivo imediato de independência, plantou as sementes para a futura separação do Brasil de Portugal. De acordo com o que consta na maioria dos livros de história, sua visão era a de uma nação livre, onde os cidadãos pudessem viver sob o alicerce de uma justiça imparcial e um governo representativo, sem a opressão dos pesados impostos e das restrições econômicas impostas pela coroa portuguesa.

A execução de Tiradentes, em 1792, transformou-o em símbolo do sacrifício pela liberdade e um lembrete poderoso da necessidade perene de vigilância e defesa desse valor. Neste contexto, o Instituto Civitas aproveita a celebração do Dia de Tiradentes como uma oportunidade para refletir sobre a importância da liberdade — um pilar fundamental para o desenvolvimento e a integridade de uma sociedade.

A liberdade, como defendido pelo Instituto Civitas, é multifacetada; engloba a liberdade econômica, política, de expressão e de associação. Estes são os elementos que permitem aos indivíduos florescerem e às sociedades evoluírem de maneira justa e equilibrada.

Aqui, cabe olhar para o passado como um sábio professor a nos lembrar que muitos povos perderam sua liberdade aos poucos, em fatias, por meio da escalada arbitrária de medidas restritivas de liberdades fundamentais, sob a justificativa de se garantir um bem maior, por vezes batizado como “bem comum”, “democracia” ou “segurança nacional”. Assim, o autoritarismo, em muitos desses povos, foi se avolumando e, quando os cidadãos se deram conta, já viviam sob um regime tirânico, com pessoas sendo perseguidas, prejudicadas, presas ou, até mesmo, mortas, pelo “não-crime” de discordar e criticar os detentores do poder.

Um povo que não tem a liberdade de expressar seu descontentamento frente a atitudes de agentes públicos, sem ser perseguido por isso, não pode ser considerado um povo livre, mas sim escravo de um regime tirânico.

Quando se fala em tirania, é comum vir à mente alguns povos da antiguidade escravizados por faraós ou imperadores absolutistas, ou alguns regimes mais recentes com regimes autoritários responsáveis pelo genocídio de milhões de pessoas. No entanto, muitos ainda não perceberam que, recentemente, surgiu um novo tipo de tirania: A Tirania do Bem Comum.

Os instrumentalizadores da Tirania do Bem Comum são, via-de-regra, pessoas investidas em cargo público de alto escalão, com muito poder, que se autointitulam defensores da democracia e da justiça, e, sob esse manto, tomam reiteradas atitudes ilegais e antidemocráticas, destruindo tudo e todos que entendam ser uma ameaça ao plano de poder e dominação de seu grupo.

O que torna esse contexto bastante desafiador é que a maioria dos cidadãos não consegue identificar a dissimulação contida nesse tipo de tirania, pois esses agentes autoritários costumam usar seu controle sobre o dinheiro dos pagadores de impostos para comprar o apoio de pesquisadores e cientistas de modo a conseguir respaldo pseudocientífico a suas decisões, e comprar a grande imprensa para que esta não investigue nem alerte o povo, transformando-a em meras agências de publicidade do regime. A única saída para aqueles que, apesar do risco persecutório vigente, ainda têm coragem de denunciar os abusos e alertar sobre os riscos, passa a ser o uso da internet. Sabendo disso, a tirania se esforça, de maneira coordenada e engajada, para conseguir controlar ao máximo o que pode e o que não pode ser publicado nas redes sociais, censurando o que lhes desagrada sob a justificativa de estarem combatendo “notícias falsas” (fake news), “desinformação”, “discurso de ódio” e “ataques à democracia”.

No Dia de Tiradentes, reiteramos nosso compromisso de alertar que cada cidadão tem um papel crucial na preservação dos valores que garantem a nossa coesão social e a nossa liberdade, um bem precioso e essencial para a dignidade e o respeito humano, muitas vezes alcançado com grande sacrifício.

Portanto, que possamos não só lembrar o passado, mas também inspirar-nos nele para construir um futuro em que nossas liberdades fundamentais sejam respeitadas e que aqueles que ousarem atacá-las sejam, contundentemente, impedidos de seguir nesse propósito. Como cidadãos brasileiros, precisamos despertar para os riscos que nos cercam e lutar por uma sociedade apta a defender a liberdade, preservar sua história e construir um futuro digno, integro e próspero.

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