A árvore – Nosso símbolo

O nascimento de uma árvore é verdadeira lição de perseverança, inicia com pequena e frágil semente, lançada numa cova escura e fria, só. Antes de surgir aos olhos humanos rompe seu invólucro e avança em uma trama de raízes que rasgam as entranhas do solo, buscando água, nutrientes e constituindo base adequada para a vida que haverá de sustentar. Quando surge o broto, como o ser humano que nasce, não temos ideia do que veio antes e do quanto isso haverá de nos amparar.
O broto vira caule e logo se transmuta em robusto tronco. Guarda em si as marcas da sua história; os anéis contam os anos, como as marcas e cicatrizes em nossos corpos; a tortuosidade fala dos ventos e tempestades que enfrentou, verdadeira lição de resiliência. Contam-se aqui e ali cicatrizes que representam o destempero dos homens ou o amor de jovens casais, lavrando a lição da fortaleza. O tronco representa a continuidade e o progresso inerente ao homem, ligando passado (raízes) e futuro (copa) através da seiva que verte incessante, lembrando que os desafios da jornada é que nos farão fortes, apesar de deixarem marcas, e que tudo o que resistir aos testes do tempo haverá de florescer. Este elemento leciona sobre humildade e patenteia o espírito de sequência da natureza, absolutamente inquebrantável.
A copa avança em folhas que se sustentam confiantes na seiva da vida e expressam sua gratidão através das flores que se revelam em aromas, cores e formas de variada beleza! Expande-se segura oferecendo sombra e descanso ao viajor cansado. Valiosa lição de generosidade.
As flores exaltam a beleza da alma e guardam em si a promessa dos frutos. E toda árvore, como todo homem revela-se por eles. Mas, para julgar-se um homem pelos seus frutos é preciso aguardar a estação certa, quando virão maduros e doces, lecionando sobre prudência, paciência e temperança.
Os frutos nos lembram de sermos pão, ainda que migalhas do verdadeiro Pão da Vida, o Cristo.
Por fim, o cultivo da árvore nos fala do cultivo das virtudes: para que sejamos plenos e valorosos no servir é preciso honrar raízes, acolher o adubo, sorver a rega e suportar a poda e, em tudo, aguardar o tempo e confiar no Criador, pois afinal, somos apenas os ramos.
Sandra Kucera – Fundadora