Por uma sociedade apta a defender a liberdade, preservar sua história e construir um futuro digno, íntegro e próspero.

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Maternidade, Família, Tragédia e Futuro | Por Sandra Kucera | Em 12/5/2024

À recente tragédia que estamos vendo no Rio Grande do Sul somaram-se em meu coração uma série de reflexões que já me visitavam a alma fazendo-me perceber que tudo está conectado.

Desenvolvemos teorias e fórmulas sobre o papel do homem, da mulher, da família e do Estado, tanto no núcleo do lar quanto na sociedade; temos inclusive questionado e modificado o próprio conceito destes entes fundamentais, num processo autêntico de relativização da Verdade.

Só se sustenta de pé o que for capaz de atravessar ileso o concurso do tempo e as provações mais severas.

O que temos visto no RS desnuda e faz cair por terra várias dessas perspectivas. Quando tudo de material já foi perdido, aflora o sentimento inato de Família, pertencimento e amor ao próximo, com força avassaladora. Percebemos que tudo o que importa é salvarmos nosso pai, nossa mãe, nossos filhos e avós, e que estar com eles é um privilégio e uma benção. Todos se tornam nossos irmãos, e o impulso quase instintivo é arriscar tudo para salvar a todos. Compreendemos que somos uma Família Universal e que estamos conectados de alguma forma que ainda não alcançamos com simples raciocínios e fórmulas humanas. Percebemos o quanto amamos os nossos animaizinhos e o quanto eles também fazem parte dessa estrutura universal que transcende o imaginário humano e conecta tudo em uma Unidade.

Homens, cuja força física é superior a da mulher, lançam-se nas águas num impulso legítimo de salvar e proteger.

Mulheres, incontestavelmente mais sensíveis e cuidadosas, amparam, consolam, acalmam, buscam suas crias com a força de verdadeiras leoas. Organizam as necessidades e lançam-se ao trabalho.

Filhos, muitas vezes afastados dos pais pelas novas teorias que acalentaram só desejam vê-los novamente, ainda que mais uma única vez, para que possam abraçá-los e dizer que os amam.

O Estado, visto por muitos como “a” solução forte para todos os problemas da sociedade, demonstra toda a sua limitação diante da força da comunidade local.

O mais apto será sempre aquele que Sente e Conhece as almas e os escaninhos da tragédia, será sempre aquele que está mais perto, será sempre a Comunidade, a Família, o Indivíduo. A preponderância da ação e decisões deverá ser sempre do mais próximo ao mais distante, do Indivíduo para o Estado, passando gradativamente pela Família, Comunidade, Município, estado e, finalmente, União.

Outros aspectos merecem ainda consideração, mas isso cansaria o leitor e reduziria a reflexão necessária a respeito de cada um deles.

Concluímos endereçando, nesse Dia das Mães, nosso abraço mais sincero, nossa solidariedade legítima e nossa rogativa a Deus para que as ampare e fortaleça, como também aos seus filhos e suas famílias.

O Rio Grande do Sul há de emergir mais forte e mais sábio de toda essa tragédia, e as lições aprendidas hão de espalhar-se por toda a grande nação brasileira.

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