𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟, 𝟮𝟬𝟮𝟱 𝗘 𝗙𝗨𝗧𝗨𝗥𝗢 – Por Sandra Kucera
A chegada do Cristo no mundo é, sem sombra de dúvidas, o evento de maior impacto na história da humanidade.
João Evangelista afirma que Cristo é a Luz do Mundo, e a estrela que marcou Seu natalício dá testemunho dessa Verdade.
A Luz ilumina e permite vejamos as chagas e sujidades que precisamos extirpar das nossas vidas e, talvez por isso, muitos ainda O recebem com parcialidade, pois ainda nos comprazemos com o mal.
Fato é que Deus é perfeito em tudo que faz, Ele nos quer, nos ama e nos busca, mesmo quando não O merecemos. Ofereceu a Estrela-guia por Farol Vivo, mas também colocou a centelha divina no coração de cada alma. Por isso buscamos, ainda que de forma inconsciente, uma referência, um ideal, algo que nos sirva de bússola na travessia árdua da vida. Mas costumamos buscar, via-de-regra, algo que valide nossas escolhas, que permita contemporizar com o mal, os vícios, que permita permaneçamos convenientemente na ilusão das nossas pequenas verdades.
É esta busca que nos leva a eleger homens-deuses, salvadores humanos, ideologias tomadas por expressões do Cristianismo, sempre um cristianismo sem cruz, o que não existe.
Elegemos o deus-ciência e tomamos seus respeitáveis mas pálidos avanços como verdades absolutas, isso quando não constituem sequer isso, mas reflexos dos interesses daqueles que a financiam.
Elegemos o deus-Estado e entregamos nossas vidas, abdicando dos direitos mais básicos, naturais, outorgados pelo único e verdadeiro Deus, como o direito à Vida e da educação dos nossos filhos.
Nestes últimos tempos temos elegido um novo oráculo: o deus-democracia, que constitui vassalo do deus-Estado, conduzindo, sob a toada da “supremacia da vontade da maioria”, a despeito dos processos que a legitimam, nações inteiras ao jugo de déspotas.
Este último ponto merece nota.
Os direitos naturais são inalienáveis, os filhos de Deus são indivíduos, ovelhas que o Pastor conhece “pelo nome”, não Estados ou coletividades. Estados devem existir como organizações mínimas para que todos os indivíduos tenham seus direitos naturais respeitados. O Estado existe para servir o indivíduo, não o contrário. E quando a Democracia (“a pior forma de governo, à exceção de todas as demais” – Winston Churchill) é a forma de governo estabelecida, ela deve permitir o dissenso, aliás, esta é a essência mesmo da Democracia, não fosse pelo contraditório, ainda que da minoria, as ideias prevalecentes tornariam-se hegemônicas e irrefutáveis, conduzindo (e condenando) o povo ao despotismo, o deus-Estado. Mas não é este o ponto central, voltemos à Estrela-guia.
Organizações humanas existirão, nos moldes que as conhecemos, até que o homem esteja plenamente Cristianizado, e o Cristo não trouxe “democracia”, Ele trouxe A Verdade, única, perfeita e imutável. O padrão moral do Cristo não é objeto de deliberações humanas, é Modelo, é o “ômega da Criação”, onde todos nós deveremos chegar. Não seremos inquiridos sobre isso.
A diferença é que, ao contrário dos homens, Cristo aguarda ao invés de impôr, convida ao invés de exigir, educa e espera ao invés de violentar consciências. E também não ludibria com falsas promessas, Ele nos convida a “negar a nós mesmos” – numa nítida evocação ao desvio de Adão que negou o Senhor e elegeu a si, a “tomar das nossas cruzes e segui-lO”, lembrando, mais uma vez, de que a Luz que representa nos impelirá a extirpar os males da alma, ainda que nos estejam sendo, de alguma forma, convenientes.
Nossas buscas terrenas nos tem conduzido a um mundo de homens doentes, num afastamento cada vez maior do Divino. Na linguagem bíblica, talvez tenhamos ido por demais para “o oriente” depois da saída do Éden. Mas Jesus é o Consolador por excelência, e já nos prenunciou o “retorno para Casa” quando chegou na Terra, na singela estrebaria, tendo tocado o coração dos pastores e magos que “vieram do oriente”, numa nítida alusão ao nosso retorno, quando O tomarmos por guia e farol.
Para encerrar essa reflexão que já se estende o bastante, desejamos que em 2025 possamos agir de forma distinta dos homens que Lhe negaram hospedagem quando Ele veio ter conosco e que, mansos, humildes e obedientes como as ovelhas daquele estábulo, possamos abrir as portas dos nossos corações e recebê-lo como única Luz das nossas vidas. E que, dessa forma, possamos fazer do próximo ano o primeiro do começo de um novo Futuro, a despeito dos desafios que nos aguardam, sob a certeza inabalável de que, mirando o Farol correto, haveremos de corrigir o rumo e prosseguirmos para o alvo.
Feliz Natal!
Abençoado 2025!