VIII – SUBSIDIARIEDADE
O elemento fundamental da sociedade é o homem, o indivíduo. Depois dele, a família; depois, a comunidade local.
E é nessa ordem que a gestão pública deve acontecer.
Ninguém sabe melhor que o próprio homem o que é melhor para si, assim como cada comunidade conhece melhor do que qualquer esfera superior sobre sua realidade, desafios, competências, contexto, recursos, etc., para que possa tomar a melhor decisão a cerca das suas necessidades.
Estas funções decisórias podem ser levadas a efeito através de organizações políticas locais ou associações privadas, sempre de ordem local e desde que fiéis aos valores e propósitos da comunidade.
Quando as funções decisórias são transferidas ou usurpadas por uma autoridade centralizada, as comunidades locais passam a ser números e os processos padronizados, à despeito das diferenças (muitas vezes colossais) entre elas, seja de ordem cultural, econômica, tecnológica ou étnica. Neste momento, a comunidade passa a correr sério perigo.
Toda organização comunitária voluntária é melhor que o coletivismo involuntário.
O primeiro modelo valoriza o indivíduo e todo cabedal de experiências adquiridas na gestão da comunidade, enquanto o segundo aniquila a Liberdade, a Dignidade e o conhecimento específico sobre a localidade.
Uma nação não é mais forte do que as várias pequenas comunidades que a compõem. É a execução de nossos deveres na comunidade que nos ensina prudência, eficiência e caridade.
É no pouco que nos capacitamos para o muito.