IV – PRUDÊNCIA
A fé sem obras é letra morta, tanto quanto o conhecimento adquirido deve ser convertido em ação adequada no tempo oportuno. Mas a Fé, o Saber e a Ação, pedem o concurso da Prudência para que reflitam Sabedoria e alcancem Solidez.
No homem público a necessidade dessa virtude alcança seu grau máximo, pois as decisões que toma devem ser julgadas pelas suas consequências de longo prazo, não apenas por vantagens temporais efêmeras.
A Prudência pede a paciência da análise, que pondera com cautela o cenário da ação, o contexto, os agentes e expectadores e, sobretudo, os impactos resultantes sobre cada elemento e sobre o conjunto como um todo.
Reformas rápidas e agressivas podem agradar a alguns por algum tempo, mas são insustentáveis no longo prazo, pois não germinaram da semente, nem cresceram na alma do povo.
A Prudência age com Equilíbrio sopesando Emergência e Oportunidade, Palavra e Silêncio, compreendendo que, na busca pela Conciliação, o Recuo é opção válida, mas a Omissão jamais.